sábado, maio 03, 2008

De um 7 de set



Faz algum tempo que ando para voltar a fazer alguma coisa.
E este pequeno set de ilustrações pareceu-me perfeito.
Acrílico, grafite, giz, sanguinea, tinta-da-china e marcadores sobre papel de aguarela A6.

Estou aberto a sugestões, especialmente para os títulos.

3 comentários:

Morcegos no Sótão disse...

«Tinha algo para te dizer, mas fiquei sem palavras»
isto porque o desenho do rosto me lembra os balões da fala da BD e ela parece estar com as palavras suspensas

a 2ª é tão real e palpável que poderia ser a ilustração de um livro, a representação de uma personagem com ideias, emoções e uma predilecção pelo tom vermelho (ou talvez os tons quentes sejam um retracto psicológico?). Esta pede um nome próprio, e não sei porquê estava à procura de um começado por «O». Ofélia é muito delicado para esta imagem, Olga muito antiquado... talvez ela seja uma Olívia?

both nicely done, as always :)

kisses,
Giovanna

ピント disse...

Obrigada pelo comentário.
Olívia.. Parece-me apropriado, já não é muito usado nos dias que correm, e de facto, não é tão pesado e "seco" (na forma de soar) quanto Olga.

Vermelho(!?), bem, sim, suponho, todos os diferentes reflexos dourados à sua volta conseguem dar-lhe uma certa intensidade luxúriante característica da paixão do vermelho (capaz de exigir o derrame de sangue), apenas contrastante com o frio dos tons cinza (baços) da pele.
Se a primeira fosse a "inocência" ou a "virtude" parcialmente descoberta, esta seria em parte o seu antagonísmo. Não directamente, mas (pelo menos o original) parece exalar uma certa opolência e distanciamento, por comparação.

"a 2ª é tão real e palpável que poderia ser a ilustração de um livro" Talvez estejas mais perto do que pensas.. ;)

Beijo
Angel

Morcegos no Sótão disse...

Apesar das aspas, não consegui ver nenhuma inocência ou virtude na 1ª. É como a imagem das Princesas de Gelo, loiras, brancas, deslumbrantes e frias. O que quer que ela tenha a dizer, suspeito que não será amável.
Culpo a falta de olhos e o fundo branco por esta percepção. O que não significa que a imagem precise de pupilas ou cabelos. Para mim funciona perfeitamente nesta suspensão do tempo (ou da mão do artista). As coisas incompletas são as mais fascinantes - e podia discursar interminavelmente acerca deste tópico, mas vou-te poupar :p

A «Olívia» é-me familiar, por diversas razões. Mesmo que não seja uma referência literária ou real, vejo uma caracterização pessoal nela. Se não existe, podia existir. (E amanhã descubro-a sentada ao meu lado no comboio)

Giovanna